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  • Foto do escritorAna Luiza Parente

Como vim parar em uma Montanha?

Vim para passar 1 mês, e cá estou no meu Terceiro ano....


Dia 29/02/2020 (ano bissexto, super simbólico), peguei um avião para o Chile, destino final: chegar na Montanha Condor Blanco, no Sul do País. Vim para passar 1 mês, ficar um pouco na Natureza, conectar com a energia de uma Montanha, e depois ir embora. Veio eu e meu namorado, ele para ter uma experiência no Marketing, e eu na Eco Aldeia.


Duas semanas depois que chegamos: PANDEMIA, fronteiras fecharam, não podemos sair.

Nessas duas semanas, fui me inteirando mais o que era essa Montanha, percebi que tinham pessoas que moravam aqui, que existia uma Tribo, e que essa Tribo tinha um Mentor, e que o grupo que morava na Montanha se chamava Yaikin, e que todos tinham nomes estranhos.


Foi tudo tão rápido... de repente, já era inverno, e agora, como faz pra passar o inverno rigoroso de Montanha com uma mala de 1 mês com roupa de "meia estação"? Foi então que esses tal de Yaikines nos emprestaram roupas de frio, roupas de cama, travesseiros, toalhas, nos ensinaram a fazer fogo para esquentar o ambiente e tudo que era necessário para sobreviver ao inverno, foi então que comecei a entender melhor o que era uma Tribo. Estava nevando, um frio danado, e eles nos ensinaram a tomar banho de rio (água que descia das neves da montanha), a andar com o pé descalço na terra ou na neve, a fazer escalda pés de um jeito que nunca tinha visto antes, a fazer banho de ervas., Kainapis (como um Temaskal). E além disso, nos ensinaram sobre o trabalho comunitário de todos os dias de manhã para manter a Montanha: limpeza geral, cozinha, lenha, horta, fazer pão, manejo do bosque, manutenção, construção, e muito mais! Agora sim, tinha entendido o que era fazer uma IMERSÃO na Natureza. Agora sim entendi o que era conectar com a Terra, com a Água, com o Ar, e com o Fogo. agora sim entendi o poder de viver em uma Comunidade, o trabalho em Equipe, os Espelhos que vemos uns nos outros nos fazendo crescer a cada dia.


E com tudo isso acontecendo, um Mentor, um Maestro que estava aqui também. Antes de conhece-lo, me questionava "mas como assim ter um Maestro? O que isso significa? Quem é esse Senhor?", foi só conhecendo e sentindo a energia de sua presença que entendi. Um Maestro, uma pessoa que desde seus 7 anos foi iniciado em um Caminho Espiritual, teve seus Mestres, seus Mentores... "opa, pera ai, uma pessoa que há mais de 50 anos vem estudando sobre Caminho Espiritual, que comprou uma Montanha com o suor do seu trabalho, que tem uma Tribo, que fundou uma empresa chamada Condor Blanco com a missão de Desenvolvimento Humano, Autoconhecimento, e tudo mais?", acho que isso tem um pouco a ver com tudo que eu vinha Buscando, só faltava uma estrutura, faltava um exemplo, faltava um Caminho, um Ser com Sabedoria... agora entendi porque vim parar aqui.


Depois Primavera, fronteiras começaram a abrir... e agora? Voltamos? Mas logo agora? Fazia 6 meses que estava aqui, mas já parecia uma vida, já não me via mais voltando pra cidade.


Fomos ficando, e ficando... até que chegou o Verão. No Verão, todos que moram aqui se mudam para barracas, e ficam de dezembro a abril mais ou menos, pois é o momento de receber pessoas quem vem de fora para passar uma temporada de Verão na Montanha.


De repente, a Ana que chegou vira a Shimi-Tari (depois de 1 ano na Montanha, ganhei também "meu nome estranho" hahaha). Meu Nome Novo, Nome de Caminho Espiritual, nome que me conecta mais com minha essência e me ajuda a realizar aquilo que vim fazer. Nome dado por um Maestro Espiritual.


Estou escrevendo esse post no final de 2022, resumindo meu primeiro ano, o ano de 2020, minhas primeiras impressões. Fiquei o ano todo de 2020 e 2021 na Montanha, sem sair para cidade, em uma imersão profunda, tendo experiências que não sei como descrever em palavras, fazendo Kainapis, Busca de Visão, Treinamentos e Terapias Intensivas, Seminários, aprendendo mais sobre arte, expressão, música, meditação, yoga, dança e muito trabalho de Yaikin para manter esse espaço Sagrado.


Em 2022 tive minha primeira saída da Montanha. A sensação foi de levar todos esses aprendizados e essa energia para o mundo lá fora. E em uma das saídas de 2022, tive também minha primeira experiência de viajar em TRIBO, depois de tanto tempo viajando sozinha por ai. Fomos para a Amazônia juntos, e foi algo inexplicável também, mas isso vou deixar para outro post hehehe


Hoje sou Yaikin, mas ainda na vida nômade, ainda me mudando para barracas no verão. E tudo isso que venho aprendendo aqui, todas essas experiências com a Natureza, com a Tribo, com a Montanha e com o Maestro, toda essa ENERGIA eu busco passar nas minhas consultas. Afinal, só assim podemos contribuir para a Evolução e Desenvolvimento de todos nós Seres Humanos. :)

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